Incêndio no Douro Internacional reativa três frentes devido a condições meteorológicas

O incêndio que teve início na tarde de sexta-feira no concelho de Freixo de Espada à Cinta, na zona protegida do Douro Internacional, está novamente a enfrentar três frentes ativas, segundo revelações da Proteção Civil.

Estas frentes estão localizadas nos concelhos de Freixo de Espada à Cinta, Mogadouro e Torre de Moncorvo, todos no distrito de Bragança.

Uma das frentes de fogo está a atingir as arribas do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), no território de Freixo de Espada à Cinta.

O comandante sub-regional das Terras de Trás-os-Montes, João Noel Afonso, informou à agência Lusa que os pontos quentes, inicialmente identificados, evoluíram para frentes ativas devido à forte ventilação que propiciou reacendimentos.

"Foi uma tarde bastante difícil, como já era expectável, dado o clima adverso, com ventos intensos que favorecem a propagação do fogo, complicando o combate", salientou o responsável operacional.

O combate ao incêndio foi igualmente afetado pela densa coluna de fumo, que impediu a intervenção de meios aéreos na zona.

João Noel Afonso destacou que a principal preocupação para as equipas em ação consiste em lidar com os ventos fortes e a baixa umidade relativa que se avizinha durante a noite.

As equipas de combate estão a ser reforçadas com a chegada de mais bombeiros de diferentes locais do distrito de Bragança.

O comandante demonstrou pessimismo quanto à melhoria das condições de visibilidade para o suporte aéreo nas operações de combate ao incêndio no domingo, o que pode dificultar ainda mais os esforços necessários.

Desde o seu início, o incêndio já devastou mais de 10 mil hectares de floresta, embora, até ao momento, não haja ameaças diretas a localidades ou propriedades.

Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 21h00, estavam no terreno 265 operacionais, apoiados por 93 veículos e oito máquinas de rasto.