México entrega mais 26 elementos dos cartéis ao governo dos EUA
O México anunciou hoje a extradição de 26 indivíduos ligados a cartéis ao governo norte-americano, incluindo líderes de grupos de narcotráfico e crime violento.
O governo mexicano confirmou, esta manhã, a extradição de 26 membros de cartéis para os Estados Unidos, uma medida que inclui figuras proeminentes do narcotráfico, conforme noticiado pela agência de notícias Associated Press (AP).
Entre os extraditados, destaca-se Abigael González Valencia, líder do Los Cuinis, um grupo associado ao poderoso Cartel Jalisco Nova Geração (CJNG). Valoriza-se o facto de Valencia ser cunhado de Nemesio Rubén "El Mencho" Oseguera Cervantes, um dos fugitivos mais procurados pelas autoridades americanas. Desde a sua detenção em fevereiro de 2015, Valencia resistiu à extradição para os EUA.
Além dele, o grupo também inclui Roberto Salazar, acusado de envolvimento no assassinato de um polícia em Los Angeles em 2008. A Procuradoria-Geral da República e o Ministério da Segurança do México afirmaram que as extradições ocorreram após o governo norte-americano se comprometer a não aplicar a pena de morte nestes casos.
Este desdobrar de eventos acontece numa altura em que, sob a administração do Presidente Donald Trump, o México já havia extraditado 29 membros de cartéis em fevereiro, incluindo Rafael Caro Quintero, envolvido na morte de um agente da DEA em 1985.
A atual Presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, tem demonstrado maior disposição para cooperar com Washington em questões de segurança, diferindo do seu predecessor, Andrés Manuel Lopez Obrador, em termos de agressividade na luta contra os cartéis. No entanto, Sheinbaum rejeitou propostas de intervenção militar por parte dos EUA, reforçando a importância da soberania do México.
Enquanto isso, o CJNG continua a movimentar grandes quantidades de drogas, incluindo cocaína e metanfetaminas, para os Estados Unidos, sendo notório pela sua extrema violência e corrupção.
Vale mencionar que as extradições ocorrem num momento delicado, poucos dias antes da implementação de tarifas alfandegárias de 25% sobre as importações mexicanas, que foram suspensas temporariamente por Trump em busca de um acordo com Sheinbaum.