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Mikhail Mishustin em Pequim após cimeira entre Xi Jinping e Donald Trump

O primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, embarca para a China para uma reunião com Li Qiang, na sequência de um encontro entre os líderes chinês e norte-americano.

O primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Mishustin, inicia uma visita à China na próxima segunda e terça-feira para participar da 30.ª reunião regular com o seu homólogo chinês, Li Qiang. A informação foi divulgada hoje pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.

Esta deslocação ocorre apenas poucos dias depois da cimeira entre os presidentes Xi Jinping e Donald Trump na Coreia do Sul. A visita de Mishustin é feita a convite de Li Qiang e é parte integrante da celebração de uma relação estreita entre os dois países.

O porta-voz da diplomacia chinesa, Guo Jiakun, destacou que "as relações entre a China e a Rússia têm mantido um elevado nível de desenvolvimento, com uma cooperação diversificada a avançar de forma positiva e estável". Ele enfatizou ainda que esta reunião regular desempenha um papel fundamental na implementação dos acordos alcançados pelos líderes estatais e na coordenação de colaborações práticas.

Durante o encontro, estão previstos debates aprofundados sobre o progresso da cooperação bilateral, bem como o planeamento das próximas etapas e a troca de perspetivas sobre tópicos de interesse mútuo.

Guo sublinhou que a China anseia que esta visita "fortaleça a confiança entre ambos os lados, consolide o consenso alcançado e amplie a cooperação".

Vale destacar que a visita de Mishustin surge momentos após Donald Trump ter reiterado, na sua reunião com Xi, a intenção de ambos os países trabalharem em conjunto para acabar com a guerra na Ucrânia, um tema considerado crucial nas discussões.

Em fevereiro de 2022, antes do início do conflito na Ucrânia, Xi Jinping e o presidente russo Vladimir Putin estabeleceram em Pequim uma "amizade sem limites". Desde então, ambos têm enfatizado que a sua aliança não representa ameaça a outras nações e apostam na construção de um mundo multipolar.

A China tem adotado uma postura ambígua em relação ao conflito, apelando ao respeito pela integridade territorial da Ucrânia, enquanto também reconhece as "legítimas preocupações de segurança de todos os países", referindo-se à posição da Rússia.

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