Ministro critica falta de apoio da UE às regiões ultraperiféricas

O ministro da Economia, Manuel Castro Almeida, manifestou hoje a sua insatisfação pela proposta da União Europeia para o Quadro Financeiro Plurianual (QFP) 2028-2034, que, segundo ele, não reconhece a importância das regiões ultraperiféricas, como a Madeira. Na sua opinião, é necessário um esforço conjunto dos países com estas regiões para reivindicar uma solução que respeite as suas particularidades.

“É lamentável que a proposta da Comissão Europeia não considere devidamente as especificidades das regiões ultraperiféricas, que enfrentam maiores custos e exigem, por isso, um apoio mais robusto”, afirmou o ministro durante uma reunião em Lisboa com o secretário regional da Economia da Madeira, José Manuel Rodrigues.

Manuel Castro Almeida fez essas declarações após o anúncio de um novo pacote para o QFP 2028-2034 em Bruxelas, que inclui um orçamento de dois biliões de euros, mas que, em sua opinião, corta significativamente os apoios necessários para o desenvolvimento das regiões menos favorecidas.

O secretário regional, José Manuel Rodrigues, também expressou a sua preocupação, destacando a importância do Fundo de Coesão para o crescimento das regiões europeias. Ele referiu-se à proposta como “uma ignorância” em relação à realidade das regiões ultraperiféricas e ressaltou o impacto negativo da possível extinção do POSEIMA, um programa crucial para a agricultura na Madeira.

Além disso, Rodrigues reivindicou o alargamento dos benefícios fiscais do Centro Internacional de Negócios da Madeira até 2033 e sublinhou a necessidade de uma presença mais ativa da região no Banco Português de Fomento.