Economia

Os Portugueses Preferem Guardar Poupanças em Depósitos e Certificados de Aforro

Estudo revela que 32% dos portugueses optam por depósitos bancários, enquanto 24% escolhem certificados de aforro, evidenciando uma preferência por investimentos tradicionais.

Segundo um estudo realizado pelo TGM Research Institute para a Xtb, uma percentagem significativa de 32% dos portugueses vê os depósitos bancários como a melhor forma de investir o seu dinheiro. Além disso, 24% dos inquiridos, numa amostra de 1.000 pessoas, manifestaram preferência pelos certificados de aforro, enquanto apenas 18% consideram optar por corretoras de investimento.

Em agosto, o total aplicado em depósitos subiu para 196.861 milhões de euros. Embora o 'stock' continue a crescer, a taxa de aumento tem abrandado nos últimos meses. Este crescimento ocorre mesmo quando a remuneração dos novos depósitos a prazo apresenta uma tendência de descida, atingindo, em agosto, a taxa mais baixa desde abril de 2023, a 1,34%. Esta é já a 20.ª queda consecutiva neste indicador, conforme reportado pelo Banco de Portugal.

O supervisor bancário assinala que a taxa média de juro dos novos depósitos caiu em 0,05 pontos percentuais em agosto face ao mês anterior, comparando com 2,56% registados no mesmo período do ano passado. Desde dezembro de 2023, quando as taxas se situavam em 3,08%, assistiu-se a uma forte redução de 1,74 pontos percentuais.

A tendência de investir em depósitos a prazo não é exclusiva de Portugal, já que a União Europeia totaliza mais de 11 mil milhões de euros em depósitos. A Comissão Europeia tem promovido a criação de contas de poupança que propiciam pequenos investimentos, uma alternativa que ainda não está disponível em Portugal. A comissária europeia, Maria Luís Albuquerque, destacou que este tipo de contas poderia representar uma "boa alternativa" aos depósitos a prazo, especialmente para aqueles que não planejam necessitar do dinheiro no imediato.

Estas contas seriam oferecidas por prestadores de serviços financeiros autorizados, incluindo opções 'online', permitindo aos pequenos investidores aplicar quantias em instrumentos financeiros do mercado. Os produtos disponíveis em Portugal atualmente incluem depósitos a prazo, contas poupança tradicionais, certificados de aforro, Planos Poupança Reforma (PPR) e fundos ou ações para investidores com maior apetite ao risco.

A maioria dos portugueses mantém uma abordagem conservadora ao investimento, preferindo produtos financeiros com capital garantido. Relativamente aos certificados de aforro, em agosto, o valor investido ascendeu a 38.547 milhões de euros, evidenciando um aumento homólogo de 13,6%, alcançando o nível mais elevado desde o início da série do Banco de Portugal, em dezembro de 1998. Este resultado representa uma aceleração em comparação com o crescimento de 12,6% registado em julho.

Agosto marcou o 11.º mês consecutivo de aumento do montante global em certificados de aforro. A partir de julho de 2024, os portugueses podem também subscrever estes certificados através da aplicação móvel dos CTT, com um total de subscrições superior a 150 milhões de euros já alcançado.

Hoje, celebra-se o Dia Mundial da Poupança, uma iniciativa da Sociedade Mundial de Bancos de Poupança que visa fomentar a poupança pessoal e fortalecer a autossuficiência económica dos cidadãos.

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