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Vance defende a importância de testes para o arsenal nuclear americano

O vice-presidente J.D. Vance sublinhou a necessidade de testes no arsenal nuclear dos EUA, após Trump anunciar a retoma destes exercícios em resposta às ações de Rússia e China.

Na quinta-feira, o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, expressou a sua opinião sobre a importância dos testes para garantir a eficácia do arsenal nuclear do país. A declaração surge após Donald Trump ter informado na quarta-feira que os EUA iriam retomar os testes nucleares devido às atividades realizadas por outras nações, nomeadamente China e Rússia.

“Temos um grande arsenal, e é fundamental testá-lo periodicamente para assegurar que continua a funcionar adequadamente”, afirmou Vance durante uma conferência de imprensa na Casa Branca. O vice-presidente salientou que, embora se saiba que o arsenal está em funcionamento, é necessário confirmar a sua operacionalidade ao longo do tempo.

Trump, num post na sua rede social Truth Social, indicou que tinha solicitado ao Pentágono que iniciasse testes das armas nucleares dos EUA, considerando a situação internacional. Este anúncio surgiu no contexto das recentes declarações do presidente russo, Vladimir Putin, sobre novos desenvolvimentos em armamento nuclear.

"As palavras do presidente Trump são impactantes", continuou Vance, sem esclarecer a natureza dos testes. Trump reafirmou a supremacia nuclear dos EUA, afirmando que o país detém mais armas nucleares do que qualquer outro. No entanto, essa afirmação foi contestada pelo Instituto Internacional de Investigação da Paz de Estocolmo (SIPRI), que aponta que a Rússia possui 4.309 ogivas nucleares, superando as 3.700 dos EUA.

Não obstante, Trump não esclareceu os detalhes dos testes a serem realizados, apesar de os EUA serem signatários do Tratado de Proibição Completa de Ensaios Nucleares (CTBT), cuja violação poderia acarretar sérias repercussões internacionais.

A medida de Trump vem na sequência das informações sobre testes realizados pela Rússia, incluindo o míssil de cruzeiro Burevestnik e um drone submarino Poseidon, que, segundo Moscovo, são aptos a transportar ogivas nucleares. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, enfatizou que os testes realizados não se qualificam como testes nucleares propriamente ditos, aguardando que Trump estivesse bem informado acerca do tema.

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