Cinco homens enfrentam acusações de massacre na Nigéria
Acusados de um ataque mortal em 2022 que resultou em 50 mortos, cinco indivíduos afirmaram ser inocentes em tribunal, ligando-se a grupos extremistas.

Na audiência realizada, cinco homens, identificados como Idris Omeiza, Al Qasim Idris, Jamiu Abdulmalik, Abdulhaleem Idris e Momoh Otuho Abubakar, foram formalmente acusados de 50 homicídios e mais de 100 feridos durante um ataque a uma igreja católica em Owo, no sudoeste da Nigéria, a 5 de junho de 2022. Os réus, que supostamente se uniram ao grupo extremista Al-Shabab em 2021, enfrentam nove acusações de terrorismo num tribunal federal na capital.
De acordo com testemunhos, durante uma missa de domingo, homens armados invadiram a Igreja de São Francisco, abrindo fogo indiscriminadamente. Inicialmente, as autoridades atribuíram a responsabilidade ao Estado Islâmico na Província da África Ocidental (ISWAP). Contudo, nem o ISWAP nem o Al-Shabab reivindicaram o ataque, deixando a identidade dos perpetradores envolta em mistério.
A situação de segurança na Nigéria tem-se deteriorado, com um aumento da violência perpetrada por grupos como o ISWAP e Boko Haram. Este contexto de insegurança tem causado deslocações forçadas de milhares de pessoas. Em junho recente, um ataque por uma suposta mulher-bomba num mercado em Borno resultou em mais de 12 mortos e várias dezenas de feridos.