Fuga em massa na prisão de Idiofa choca a República Democrática do Congo
Quarenta e sete prisioneiros escaparam da prisão de Idiofa, onde as condições precárias estão a ser criticadas. Autoridades apelam à construção de novas instalações.
Na noite de segunda-feira para terça-feira, 47 reclusos conseguiram escapar da prisão de Idiofa, localizada no sudoeste da República Democrática do Congo (RDCongo). Este número representa quase metade dos 104 prisioneiros que se encontravam detidos no estabelecimento, conforme anunciou Arsène Kasiama, coordenador de uma organização da sociedade civil local.
A prisão, erguida em 1937 durante o período colonial, situa-se a cerca de 600 quilómetros a leste da capital kinshasa e abriga todos os reclusos em apenas duas celas. Todos os fugitivos estavam conflagrados na mesma cela, o que facilitou a sua fuga.
O administrador da prisão, Adélard Kintolo, confirmou o incidente e destacou que a prisão "já não cumpre as normas". As condições de estrutura são alarmantes: "A vedação está lá, mas a sua durabilidade é questionável, as paredes estão desgastadas", sublinhou, apelando ao governo para considerar a construção de uma nova prisão para assegurar condições adequadas de detenção.
As fugas de prisões não são uma novidade na RDCongo, onde a maioria dos estabelecimentos prisionais são de épocas passadas e enfrentam problemas de superlotação. Frequentemente, organizações que defendem os direitos dos prisioneiros levantam preocupações sobre as condições degradantes em que os detidos vivem e instam as autoridades a tomarem medidas para aliviar a pressão nas prisões.