Polónia: Cessar-fogo na Ucrânia parece mais viável do que nunca, diz ministro

Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, ministro da Defesa e vice-primeiro-ministro da Polónia, declarou hoje que as probabilidades de um cessar-fogo na Ucrânia estão "mais próximas do que nunca" desde a invasão militar russa que teve início em fevereiro de 2022.

Kosiniak-Kamysz revelou a sua confiança de que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, poderá ser convidado a tomar parte nos diálogos que estão a decorrer entre os Estados Unidos e a Rússia, com o objetivo de estabelecer um cessar-fogo.

“Estamos a um passo de chegar a um entendimento sobre um cessar-fogo. Espero que os próximos dias tragam confirmações em relação a isso”, referiu o responsável polaco numa recente conferência de imprensa em Varsóvia, conforme reportado pela agência PAP.

O ministro expressou ainda a expectativa de que Zelensky participe na reunião entre o Presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin, que terá lugar no Alasca na próxima sexta-feira, dia 15 de agosto. Este encontro representa a primeira oportunidade deste tipo desde o início do conflito em 24 de fevereiro de 2022.

"Acredito que o Presidente Zelensky será convidado e há informações recentes que sugerem que a sua presença na cimeira entre Trump e Putin é uma possibilidade real. Isso seria uma solução ideal e, na minha opinião, vai acontecer”, frisou Kosiniak-Kamysz.

Por outro lado, a estação CBS News informou que a Casa Branca não descarta a participação de Zelensky na cimeira no Alasca.

Adicionalmente, o conselheiro de segurança nacional do Governo polaco, em conjunto com os seus colegas da França, Alemanha, Itália e Finlândia, reuniu-se com Andrí Yermak, chefe do gabinete presidencial ucraniano, e com o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, numa iniciativa promovida pelo ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, David Lammy, para alinhar posições antes da reunião agendada para agosto.

O Presidente Trump, por sua vez, mencionou que o acordo em discussão com Putin poderá incluir a cedência de mais territórios ucranianos em troca de um cessar-fogo, uma proposta que foi prontamente rejeitada por Kiev e seus aliados europeus, que insistem em que a linha de contacto atual deve ser a base para quaisquer negociações futuras.